terça-feira, 25 de setembro de 2012

Não houve tempo para mais



Chega a um altura em que temos de parar de escrever vezes e vezes sem conta sobre a mesma página. Porquê? Bem, porque ora escreves, ora apagas, ora escreves, ora apagas, ora escreves, ora apagas. E, um dia, é óbvio que a página rasga devido a tanto desgaste, como uma rocha que é erodida pela água e pelo vento. Erodida e moldada. Moldada. Ela molda-se às novas condições às quais fica exposta e, por esse motivo, ganha uma nova forma, ou então é destruída. Mesmo que seja aniquilada, reduzida a pó, servirá para formar uma outra rocha.
Talvez, a partir de agora, não vá acordar e adormecer a pensar que algumas coisas voltem, porque a perda e o passar do tempo são irrecuperáveis, e ele corre a uma velocidade intimidante, quase assustadora. Por vezes, chega a mesmo a ser temida. Talvez pelo medo que temos que alguém nos esqueça, ou talvez por sabermos que existem determinadas palavras que deveriam ser ditas e/ou ouvidas.
Sim, por vezes é necessário esquecer muitas coisas. Começar de novo. Num percurso em que o ponto onde desistimos da corrida é a linha de partida para novas conquistas.
Está na altura de dar um novo salto.

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