sexta-feira, 29 de abril de 2011

História (inacabada)

 
     E ali estava ela. Sozinha, desamparada, sem saber o que fazer depois do que tinha acontecido e sem ter a certeza de que aquilo tinha sido real. Ali, pensava em tudo o que tinha feito naquele dia e em tudo o que tinha planeado fazer no próximo, e que todos esses planos teriam de ser adiados.
    Ela sentia necessidade de ir ter com ele, queria, nesse mesmo dia, ter a certeza do que lhe tiveram contado.
    Enquanto estava na cama deitada, sentiu uma sensação bastante estranha, que começou nas pontas do cabelo comprido e que só terminou quando chegou à ponta dos dedos dos pés. Foi nesse momento, que pensou que talvez o que lhe tiveram dito fosse verdade, que talvez devesse confiar, no entanto, continuava com aquela vontade enorme de saltar fora da cama e sair, a correr desenfreada para o ver. Contudo, tinha sido um final de dia com emoções bastante fortes, e, sem saber como, acabou por cair no sono, um sono tão leve que até o cair de uma pena era capaz de a acordar.
    Tinham passado cerca de quarenta e cinco minutos desde que adormecera e ouviu-se uma chave a mover-se numa fechadura, uma maçaneta a rodar e depois uma porta a bater. Ela acordou ao ouvir o primeiro som. De repente, tinha ficado com a esperança de que ele voltara e uma instantânea e efémera alegria invadiu-lhe o espírito, desvanecendo-se rapidamente, quando percebeu que era mais um que tinha presenciado algo que ela também desejava ter visto, mas que não lhe foi permitido.
    Não voltou sequer a fechar os olhos depois daquilo, e por volta das dez da manhã decidiu sair da cama e ir tomar banho. Assim fez. Não tinha motivação para nada, nem sequer para comer, muito menos para tratar devidamente da sua imagem. Ela só queria tê-lo de volta e desejava com todas as suas forças para que tudo fosse mentira ou um pesadelo. Foi para fora da casa. Estava um dia de sol, mas ela só conseguia ver escuridão.


    Quando voltou para dentro, resolveu ir falar para uma das outras pessoas que se encontravam lá. Encontrou-a com os olhos bastante inchados e era óbvio que tinha passado uma noite igual à dela: a chorar e sem dormir. Lembrou-se do abraço que lhe tivera dado na noite anterior e da melodia de choro composta pelos dois, que parecia não ter fim à vista (...).
    Passaram dias, semanas e meses. Hoje, ela continua a querer acreditar que tudo foi fruto da sua imaginação, mas sabe que na verdade não é isso que se passa. Ela está melhor e a recuperar.
    Bem, quanto à outra pessoa, não se pode dizer o mesmo. A vontade dela é ajudá-la mas ela não deixa. Ela sente que podia ter feito algo mais para evitar esta situação e que, em parte, a culpa é sua. Ela só quer que o outro ser admita que precisa de ajuda e, mesmo que esse ser não lhe questione por ela, irá estender-lhe as mãos e salvá-lo do abismo, como já o fez.

14 comentários:

cherry blossom disse...

obrigado , também te vou seguir *

It's a Beautiful Monday ☯ disse...

Olá! :)

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Se gostares, segue e recomenda ;)

Beijinhos,
Rita

SEA disse...

obrigada! também sigo, beijinhos.

Sara C. disse...

Obrigada, tmb vou seguir :D

Catarina disse...

obrigada :). gostei mt

Siva & Che disse...

bem fantastica historia.. és tu que escreves?
Obrigado por me seguires lolol
vou fazer o mesmo

fátima pereira disse...

obrigada bb,tbm sigo (:

cf. disse...

muito bom. adoro especialmente a música.

Mayara C. disse...

gosto :)
sigo*

Helena disse...

Gostei bastante (:

Diana D'Almeida disse...

Gostei.
Seguindo :)

Mayara C. disse...

de nada.

Diana D'Almeida disse...

De nada :)

Rute Luz disse...

amei *