quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ilusão


Hoje voltei a lembrar-me de ti, e as saudades foram inevitáveis, como todos os dias. Mas desta vez foi diferente, desta vez não chorei. Recordei-te com alegria, e tenho a certeza que era desta forma que querias ser lembrado. Acho que cheguei mesmo a ouvir as tuas gargalhadas, eu senti-te ao pé de mim. Nunca vou esquecer palavras que foram levadas pelo vento quando as disseste e que voltaram, quando foi o vento que te levou. Trouxe as palavras e levou-te a ti, ao teu sorriso. Foi uma espécie de troca, troca essa que eu nunca aceitei. Ninguém me avisou do que se ia passar. Encarei aquele almoço como mais um, não como o último contigo, não mesmo.
É difícil acordar todos dias e lembrar-me do teu rosto, olhar para a tua fotografia, sorrir-te de volta e saber que nunca mais vou ver-te.
Talvez esteja a ultrapassar a situação, ou então, é mais uma ilusão da minha consciência, uma ilusão de que estou a deitar isto para trás das costas. Mas as ilusões nunca se tornaram realidade, e eu tenho a certeza de que nunca vou habituar-me ao facto de viver sem ti.

4 comentários:

Ana disse...

não tens de agradecer querida, escreves mesmo muito bem <3

Sara Gomes disse...

pois é verdade :))
força <3

Ana disse...

muito obrigada querida, é muito bom saber isso <3

Sara Gomes disse...

eu sei que sim linda :))