Não vou dizer que não tenho medo, porque tenho. Não vou
dizer que estou segura, porque não é verdade. Eu prometi, eu prometi que não ia
voltar a atirar-me de cabeça, mas a verdade é que voltei a fazê-lo. Ai, se tu
soubesses o medo que tenho que tudo volte a repetir-se, se tu soubesses o medo
que tenho que tu me magoes ou de ser eu a magoar-te... Vou só deixar as coisas acontecerem, e logo se
verá, é o melhor a fazer. Que achas? Concordas comigo? Eu quero realmente que desta vez dê certo, eu
desejo-o todas as noites antes de adormecer. Eu quero mesmo, acredita que sim.
Talvez isto agora seja estranho, mas eu não vou dizer que é para sempre, já o
fiz outras vezes, e não foi como eu esperei, não se concretizaram as minhas
expectativas. Contudo, sei que se não quiser decepções, não posso criar as ditas
expectativas. Não vou exigir de ti mais do que tu podes dar-me. Irei tentar,
pelo menos. No entanto, eu queria mesmo, amor.
Vou deixar-me levar nesta corrente, vou deixar-me viajar quando sinto o teu
toque, vou sonhar quando os teus lábios tocarem nos meus. Vou entregar-me a ti,
mas com receio. Aliás, tu sabes, não é? Apesar de todos estes dilemas, medos,
incertezas, inseguranças, mágoas e amarguras, eu amo-te.
“Faz-me rir e eu prometo que não te faço chorar.
Trata bem de mim e eu bem de
ti vou tratar.”
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