sábado, 1 de setembro de 2012

Sem ti, mas com a saudade




Não se trata de um até já, ou um até amanhã. Trata-se de um “até sempre” acompanhado por um “adeus”, que traz arrastada uma dor incurável, porque esse vazio apenas poderia ser preenchido por quem não volta mais, por quem se foi, para sempre. É por isto que quando me perguntam se eu acredito no “para sempre” eu digo que sim. Não há nada que a extermine esse sofrimento, e apenas nós conseguimos atenuá-lo, ou talvez seja mais correto dizer que aprendemos a viver com a ausência e que a dor se tornou forte ao ponto de fazer já parte de ti?
Não, não estou a falar de um coração partido ou de alguém que me desapontou. Estou a falar mesmo de ficar sem alguém, estou a falar da morte. Ela não avisa quando vem, nem quem vai levar consigo, muito menos o porquê de tal. Não dá realmente satisfações nem justificações a ninguém. Aparece quando lhe apetece, leva quem quer e não se importa de como os outros vão ficar.
Ela não é justa… ou será a vida que não o é?
O que eu sei depois disto é que temos de acostumar-nos com coisas que apenas ficam na nossa memória, e que se se repetirem, não serão com as mesmas pessoas, pelo que não serão iguais. Irá sempre faltar alguma coisa ali, um alguém.
O tempo passa, a saudade aumenta e o “adeus” torna-se cada vez mais forte e mais longo.
Tenho saudades tuas.
Com eterna saudade,
a tua miúda

Sem comentários: