quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Um dia, talvez




Há coisas que às vezes ficam, não é? Que dão saudades, que por vezes vão e voltam, mas o que queremos é estabilidade e algo seguro. Achamos sempre que algo será diferente, que irá ser de outra forma. Há coisas que deixam de ser, outras que se deixam de fazer, outras que deixam de ser lembradas, outras que são esquecidas, outras que não voltam a repetir-se. O que o passado trouxe foi bom, mas eu não vivo mais lá. Estou a precisar de dar um novo rumo às coisas, mas não esquecer o que deixei para trás e saber que foi isso que me trouxe, de certa forma, aonde estou agora. E onde estou? Não sei ao certo, estou mais longe do passado e mais perto do presente, e com vontade de fazer um futuro feliz. Já fui parva ao ponto de chorar por coisas e pessoas que nem sequer um minuto da minha atenção mereciam, mas isso na altura, provavelmente, era parte do meu pequeno mundo. É engraçado, por outro lado, como é que coisas que pensamos que estavam enterradas e deixadas para trás voltam de repente, e fazem parecer com que nunca se tivessem ausentado, mas, por vezes, já não fazem falta. Sinto falta, mas não sei se queria voltar a ter… Não sei se quero que os nossos caminhos (e não só) se voltem a cruzar e possam provocar os sorrisos de outrora e também a mesma desilusão. Talvez um dia voltemos a encontrar-nos por aí, e recomecemos a nossa história. Um dia, talvez.

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