Pensamentos constantemente em hora de ponta, ideias megalómanas
que quero pôr em prática, voo incontrolável de desejos, sede de consumação de
sonhos em realidade, na minha realidade.
Pensamentos ora bons, ora
maquiavélicos. Ideias ora concretizáveis, ora mirabolantes, vindas de um mundo
à parte, de impossível descrição e ainda mais complexo para imaginar. Desejos
ora simples, ora exacerbadamente acima de algo que nunca chegarei a ser até ao
fim deste meu caminho, até atingir a minha meta; meta essa que pode estar
colocada daqui a noventa anos, ou então nas próximas horas, mistério tentador e
horripilante. Sonhos ora comuns, ora extravagantes, extremamente excêntricos,
que nem eu própria sei como consegui com que algo entrasse na minha mente. A
minha realidade, sim, a minha realidade. Não é a mesma que a tua, eu tenho o
meu próprio mundo paralelo, que talvez ninguém perceba. Para ser sincera, ainda
nem eu consegui encontrar todas as chaves que abrem as portas para os mistérios,
tramas e mais-valias do meu mais profundo “eu”, do meu subconsciente que, por
sinal, parece ser mais complicado do que qualquer problema matemático, do que
qualquer lei da física.
A minha teoria, a minha mísera teoria é a de que as portas
que dão acesso a todo esse mudo para lá do que o mais comum dos mortais
consegue imaginar são os olhos. Se pudesse, eu entrava neles, tentava descobrir
ao que se deve o brilho que eles têm, fazia de tudo para perceber o que falta
quando esse mesmo brilho falta também.
Acredito, também, que nesse universo existem pequenas
criaturas, mas embora sejam de tamanho tão reduzido, me controlam. A mim, que
me julgava totalmente livre em relação ao que penso. Se elas realmente existem,
tenho a certeza de que algumas são doces, frágeis e meigas e que, por isso,
fazem com que tenha as melhores atitudes. Por outro lado, há outras que são
autênticos monstros, e que me fazem agir como tal. Posso também supor a ideia
de existência de alguns palhacinhos, que são responsáveis pela minha boa
disposição e pelas minhas piadas.
Estes pequenos seres têm afinidade com diferentes tipos de
pessoas. E tu… tu só estás a lidar com os que acordaste.
Razões, causas, efeitos, consequências. É este o ciclo. Habitua-te.
Razões, causas, efeitos, consequências. É este o ciclo. Habitua-te.
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